Tenho tido a experiência de viver em uma cidade abortada, onde a riqueza não se concentrou. Foi pior, dela tão poucos se apoderaram que concentrar ainda é uma palavra muito ampla para descrever a atual situação da cidade do petróleo.
Fugimos de nós mesmos quando paramos de pensar no que me agrada para se preocupar com como eu agrado aos outros... Ainda bem que tive a capacidade de entender isso.
E o melhor da vida é poder se adaptar, sentir que posso ser de qualquer lugar, todo lugar é meu. Posso ser e estar onde quiser, pois quase nada mais já me é estranho.
Tento não enxergar o outro como outro, mas como uma outra versão que eu também poderia ser, daí procuro me ver daquela forma, daquele jeito, naquele lugar e, entendo que, difícil não seria ser assim, difícil é aceitar a ideia de que é muito fácil ser diferente. E acho que é neste medo de reconhecer a simplicidade da coisa que reside a origem de nossos preconceitos. Acredito que o maior preconceito não existe sobre aquilo que não conhecemos, isso se chama curiosidade... O preconceito é um filho de um medo bobo, que deseja ser irracional. Pensar um cadinho não mata ninguém, pelo contrário, pode salvar uma vida!




