Por que se cobrar ao ponto de não se reconhecer mais? Simples, o outro inibe, agride, inspira e muitas outras sensações ,mas cabe a cada um, em suas deduções, se permitir a toda esta interferência, ou não.Alguns fatos externos a nós modificam nossos dias, nossos comportamentos. Normal! Mas permanecer assim é fraqueza, afinal o que nos comanda? Seria profundamente limitador querer viver em padrões, seja quais forem: beleza, social, inteligível, moral... O melhor de todo mundo é ser indivíduo do coletivo. Ser único em sua beleza, em sua classe em sua inteligência, em suas opiniões. Acho que deve ser uma má (mais uma delas) influência do capitalismo em “marcalizar” pessoas, padrões de pessoas. E por pior que seja, sentimos mesmo aquele ímpeto de ser como alguém, como uma referência...
Engraçado é que no meio de tanta exclusividade acabamos buscando o igual. Observe por exemplo uma noite em uma boite; você verá várias pessoas usando uma calça da mesma marca, igual, celulares iguais, camisas iguais, tênis... E se você não tem algo igual vai pensar assim: preciso comprar um aquilo igual pra mim! Como se não bastasse o fútil material, estamos igualando também nosso comportamento. Igualando a dança, a forma de falar, de pensar, de agir. Será um fim dos exclusivos? Não creio. Acredito que sempre há criatividade suficiente para manter um pouco do exclusivo. Não pense que me refiro às pessoas como ilhas, por que final somos todos construídos do meio, mas não precisamos acabar como o meio. Pode-se sempre acrescentar algo, por que já somos iguais em uma coisa muito linda, somos todos iguais em nossas diferenças. Não busquemos então ser iguais em nossas semelhanças, seria triste demais, preto e branco demais, fútil demais!


