sábado, 30 de julho de 2011

Eternamente Vivo!


Morre-se de várias maneiras. Não precisa, necessariamente, esperar o espectro se separar do corpo para se ter morrido. Morte pior é aquela de quando ainda vivo, a pessoa encontra-se moribundo.
Seres diversos simplesmente escolhem ceifar suas vidas ainda com o sangue correndo nas veias, com suas terminações nervosas funcionando, com toda uma vida para construir e contribuir com o mundo. Estou falando de um suicídio da mente, da vontade, do prazer. O pior suicida (E também o pior assassino) não é aquele que mata o corpo, mas sim o que sucumbe a alma, aos poucos, ou que provoca tal reação em outras pessoas.
Pior que a morte é deixar-se morrer ainda vivo. E é comum de se ver. É triste, lamentável quando atos e palavras provocam estas mortes de espírito vivo. Gente que por pura hipocrisia e violência gratuita não se mede perante o outro, causando assim a morte de alguém. É preciso ter forças, sempre, diante destes seres, nem um pouco humanos, com capas negras e foice nas mãos, que estão pelas ruas, pelas escolas, trabalhos e até dentro de casas, as vezes. Aberrações que circulam por aí com desejo de sangue quente, que se alimentam do lamentar do outro, da angústia que não lhe pertence. São seres que no desespero de não ter forças nem astúcia para controlar suas vidas - não conseguem viver, nem morrer – transformam-se em zumbis, sombrações... Assassinos!
Cada um é especial em sua maneira, em sua particularidade. Todo mundo tem um dom, uma missão. Ninguém apenas é uma combinação química perambulando por aí. Somos todos especiais, por isso não se deixe morrer em vida, não mate ninguém em vida. Pelo contrário, lute sempre a favor dela. Pois quando morrer o teu corpo, que os seus não chorem por ti, mas sim que possam rir, e rir muito, para comemorar toda a vida que se passou por aqui! Assim nos tornaremos eternos... Valorize tudo o que é bom... Celebre, viaje, ganhe, derrame todo o amor que puder, pois nunca mais nada será igual ao que foi hoje! Grande abraço!

domingo, 17 de julho de 2011

Dicas de Leitura


O “segredo de Avicena”: um livro diferente, um pouco estranho, mas com uma história interessante, nada demais, apenas interessante. Bom para passar o tempo. Se trata de uma expedição arqueológica de um grupo de brasileiros que se passa no Afeganistão e no Paquistão. O livro, apesar de ser uma ficção, trás alguns fatos históricos e curiosidades sobre a história de povos antigos do oriente médio. Vale a pena conferir. O autor é op jornalista Hélio Schwartsman.
A “águia e galinha”, um excelente livro filosófico sobre a condição da vida humana, que faz uma analogia e entre a águia e a galinha com a natureza humana. O homem como a água, que foi criada como a galinha e se acostumou a ser pequeno, controlado. A obra apresenta um tapa na nossa sociedade hipócrita e conservadora que só busca a limitação das coisas, das pessoas e das capacidades humanas. O autor, Leonardo Boff, da Teologia da Libertação, tenta mostrar que podemos ser muitos mais do que nos ensinam ser, do que parecer ser o limite de ser. Imperdível!

Viciado tempo


Existe um vício, uma dependência complexa de se entender, cuja qual pude descobrir. Diferente de outros vícios, este talvez venha da alma, do berço. Ele não se escolhe, ele já acompanha. Sou viciado na fluidez, no escapo. Meu espírito não se anima com o passar do tempo, apenas. Ele quer mais, quer estar neste tempo, fazê-lo passar.E não há tempo pra o descanso da mente, nem dia nem noite, as vezes nem do corpo. A mente chama em sonhos, o corpo clama por atos, lugares, pessoas...
Tudo isto me coloca em uma ausência de dicotomia que, por vezes me anima, por outras me destrói, por detestar estas coisas estáticas, mas por estas também serem meu maior desejo. É o ódio e o amor em um só sentimento, inexplicável, apenas sentindo. E então em toda esta volatilidade cotidiana me busco na agilidade, tentando um dia, quem sabe, parar. Mas não paro. Ando, mudo, refaço, crio, canto, corro... Mas ainda assim é etéreo demais, não consigo entender. Aliás, entender a nós mesmos pode ser perigoso, podemos nos assustar com nossas próprias mesquinharias, com nossas próprias capacidades. Por isso prefiro observar o outro, pois por ser outro, que não eu, não me assusta tanto e me faz sentir nem tão diferente assim. E ao fim de tudo isso só pode perceber que nada acabou. Amanhã serei outro, mais... Antes de postar já terei sido outro. É rápido.

domingo, 10 de julho de 2011

Uma hora chega


O Erro consiste em querer igualar dois mundos que não são nada parecidos. Não tem jeito! A gente nem se quer da o trabalho de tentar igualar, só monta o discurso. E talvez não seja para igualar mesmo, devem ser naturezas diferentes, sei lá.
Mas também me pego pensando, o que será então? Vamos ficar assim, no relento de espírito? Presos na falsa liberdade do sim? Quanta gente desperdiçada, quanto tempo meu desperdiçado, quantas caras quebradas, não só caras... caras, braços, pernas, corações e corpos inteiros jogados ao nada.
Acabamos confundindo valor com desperdício, auto-estima com egoísmo e transformando o prazer em nada. Pois se o prazer torna-se corriqueiro perde toda a graça. Vira obrigação.
Sei, estou sendo a mais hipócrita das pessoas escrevendo isto aqui! Sim, hipócrita. Mas confesso, sou humano, Oras. As vezes é necessário errar uma, duas, cinco e quantas vezes forem necessárias para se criar coragem de mudar, melhorar. Não tenho vergonha nenhuma em falar de meus erros, de meus sentimentos. E a cada erro repetido as conseqüências tornam-se piores.
Chega de imagem, chega de carão, de conveniências... Chega do cansaço de olhar para a tua obra e ver que ela não chega ao fim, que talvez seja melhor destruir tudo, recomeçar em um outro terreno, com determinação, coragem e apoio. E é isso que vou fazer. É só uma questão de deixar de ter medo do simples.