Não acredito que ninguém seja melhor que ninguém. Prefiro pensar que cada um tem um dom. Mas as vezes é necessário saber esperar e calar-se para poder mostrar que somos superiores a algumas situações. Liberdade é poder dizer não no lugar de dizer sempre sim...
O terror é algo que nasce da cultura. Talvez se simplesmente entendêssemos que o outro existe e que a sua existência não precisa significar a minha não existência, as pessoas poderiam dar as mãos mais vezes ao redor do mundo e além, dar as mãos mais vezes nas ruas de nossas casas. O ódio, a indiferença e o terror começam em relação ao outro que está perto de nós e que não nos permitimos respeitar, ou deixar ser respeitado...
E para pensar um pouco sobres estas questões, deixo aqui um trecho extraído de meus estudos sobre o terrorismo e suas formas que achei muito interessante. Vai além do terror tradicional que a mídia apresenta e faz a gente pensar no terrorismo próximo e, em alguns casos, até mesmo no terrorismo que a gente pode causar sobre outras pessoas, mesmo sem perceber, sem inteção:
"O terror possui capacidades, vários fôlegos. Cogitar em abatê-lo com a ação única da guerra é um equívoco. As tensões sociais, o ódio étnico, a discriminação racial, a exclusão das maiorias das benesses do capitalismo, o fascismo, o anti-semitismo, a xenofobia, o nacionalismo doentio, os fundamentalismos religiosos judeus e islâmicos, entre outros, são como sangue nas veias do terror da contemporânea história humana. Ao se desejar a paz, para que ela permaneça e faça parte desta mesma história, não há como deixar a mobilização contra o terror ser conduzida por mentores da guerra." (Argemiro Procópio).
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