sexta-feira, 25 de março de 2011

Cenários


                Passei alguns dias sem escrever aqui. Pois éh! Os dias andam meio movimentados, trabalho novo (agora estou dando aulas de inglês e estou gostando, parece que os alunos também rsrs). E também estive passando mal por alguns dias, mas já melhorei. Estava apenas esperando o momento certo, a inspiração chegar. Não, não vou falar do Obama, como havia dito. Vou falar da vida mesmo, de coisas mais interessantes e, que estão presentes na realidade, mas tratamos como se não estivessem...
                Um cenário, assim que vejo nossas vidas, um cenário. Não é por acaso que reproduzimos a vida em teatros, novelas, filmes... Criamos expressões, situações, as vezes até mesmo emoções, sempre. Em certos casos transparecemos tão bem alguma determinada emoção que até a gente mesmo se confunde se estamos ou não concordando com o momento. A gente tem um forte hábito de enganar a nós mesmos e, quando fazemos isso, é fácil, fácil “enganar” o outro. E aí a gente para e pensa que não fez por maldade, mas sim, que apenas atuamos por naturalidade. Naturalidade não é pecado, é virtude. Isso porque as nossas convenções sociais diárias exigem de nós padrões e que nem sempre estamos vibrando na mesma energia da convenção, mas, por força da existência da própria a gente se faz entrar no clima ou, pelo menos, finge estar nele. É tudo fogo de momento, depois passa.
                Realidade e fantasia coexistem, são irmãs. Ainda bem que não são coisas, por que se fossem, segundo uma dessas teorias físicas cheia de números , duas coisas não ocupam um mesmo lugar no espaço. Fantasia e realidade ocupam sim e tudo o que nós conhecemos vem deste espaço uno-duplo: os sistemas, as convenções, tudo o que pensamos e criamos ao pensar. É tudo coisa da nossa imaginação, caso contrário não existiria a realidade para construirmos nossos cenários de fantasia. Seres humanos se frustram tanto justamente por isso, por achar que a fantasia da realidade é real e que algo real durará para sempre; pobre de nós, não passou de uma mera imaginação (mais uma), acabou se apegando por um cenário que, como no teatro, no filme na novela, sempre muda e um dia acaba.

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