Uma questão de Boas Vindas

Começar algo é sempre um desafio. Pode parecer bobagem, simples demais, mas escrever um blog não deixa de ser mais um desafio, afinal é expressão. Então na inauguração deste espaço gostaria de escrever sobre abstrato, abrangente, interessante (pelo menos para mim – risos). Espero que quem ler, se alguém ler, que goste.

Questionar é um ato sublime, não é apenas perguntar algo, mas é desejo de se aprofundar, de entender um assunto. E o mais interessante sobre os questionamentos é que eles quase nunca trazem as respostas, as certezas que esperávamos. E fica a pergunta, certezas existem? A gente questiona desde criança, quando vemos algo e logo perguntamos por quê, pra quê, como? Como esta escrito em “O Mundo de Sofia” - um bom livro, aliás - as crianças são os maiores filósofos, pois tudo querem entender. E daí começam a imaginar um mundo de coisas em suas pequenas mentes. Pobres crianças, pobre de nós que fomos crianças e que no fundo ainda somos – guardamos aqueles sonhos, aqueles medos, aquelas vontades. Como crianças que somos sempre fazemos perguntas que geram outras perguntas e que até mesmo algumas respostas são devolvidas em forma de perguntas. E a certeza? Não estou muito certo sobre onde ela está.

Certeza não se confunde com existir. Algo pode existir, mas não haver certeza sobre isto, ou, jurarem certeza sobre o que não existe. Certeza é parcial, é temporal, é mutável. Já tive certeza de tantas coisas e que, hoje, são tão incertas, distantes que nem lembro mais. Estar certo de algo é acreditar fielmente, mas em que acreditamos fielmente? Por quanto tempo? Coletivamente? Nós somos uma dúvida, um questionamento de nós mesmos e, se perguntamos, o fazemos numa eterna tentativa de nos entender, através do meio, dos outros ou de qualquer outra coisa que você decidir questionar. Está certo?