sábado, 19 de março de 2011

Questão Líbia


Atual Bandeira da Líbia, introduzida pelo atual governo.
Neste exato momento em que escrevo este post, aviões franceses iniciam sobrevôo sobre a Líbia, após uma sanção aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, a qual permite a intervenção internacional no país. Resolução esta que alguns países como: Brasil, Índia e Alemanha se abstiveram des seus votos.
Antiga Bandeira da Líbia 
A questão é, as tropas de Gaddafi massacravam os manifestantes opositores, agora, possivelmente, caso o governo líbio não retroceda, haverá um massacre dos pró-governistas. Não me parece que a situação muda muito para a população civil líbia. O que consigo observar é uma maior preocupação dos países desenvolvidos no controle dos poços de petróleo líbios, cujo valor do barril no mercado internacional veio a custar US$ 120 após o começo da crise, não só na líbia, mas em toro o Oriente Médio. Em política, caros amigos, quase sempre, para não dizer sempre - porque não gosto muito de termos limitadores - o que prevalece é o interesse estratégico sobre o bem em comum. Política, mais que a vida dos cidadãos do mundo envolve dinheiro, poder, controle. Por isso existem os lobbys políticos. E em cima disto são construídos discurso humanísticos e civilizatórios.
Mais interessante ainda é a ação internacional começar justamente no dia em que o Presidente dos EUA, que logicamente votou a favor na resolução da ONU, estar “passando uns dias no Brasil” – que alias também vou escrever sobre a visita dele depois de ter conhecimento de seus discursos aqui – e minutos antes de um pronunciamento com nossa Presidente, Dilma, no Planauto, em Brasília. No momento também em que, nas próprias palavras do Presidente dos EUA, existe um "apreço pela aspiração do Brasil a se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU". Isso, sem dúvidas, levando em consideração a política externa do Brasil par ao Oriente Médio nos últimos anos (de não intervenção) deixa um certo calo no atual momento.
Os países que “redefiniram” o mapa político do Oriente médio depois da 1º Guerra Mundial e interferiram diretamente em suas políticas, acentuado as irritações Oriente x Ocidente, cristianismo x islã, hoje “lutam” pela democracia na região que, alias, não sei como será no caso líbio, já que as manifestações são de vertentes xiitas. Não sei ao certo como é a noção de democracia deste grupo mulçumano (um pouco de falta de conhecimento mesmo, sem preconceitos).
No fundo, o que mais queremos é a PAZ, mas acontece que para sentirmos o significado de PAZ temos que ter vivido na GUERRA, que é a ausência desta PAZ.

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