sexta-feira, 8 de abril de 2011

E ninguém vê passar

Aquilo que se foi e que volta num piscar de olhos. Aquele sonho que se tem todas as noites, antes de dormir, todas as vezes que se fecha os olhos. Aquilo que é o agora, que a gente nunca sabe onde é o começo nem o fim, só sabe do momento. Tudo isso é o tempo. O que foi, o que é e o que será. E, para alguns físicos, o tempo é tudo isso de uma vez só, pois  ele seria maleável, contornável e, até mesmo “viajavel”. Bem, enquanto não se criam certezas sobre a teoria do buraco de minhoca no tempo eu prefiro ficar na minha imaginação, onde tudo pode, tudo ocorre e o tempo aqui é mais que maleável, é onde todo o improvável é possível. Transformar o desejo em presente, apenas em um tempo diferente, em uma dimensão diferente.
Quanto menos tempo temos é quando a gente mais produz, meio óbvio isso, sei. Mas parece que ao se falar de tempo, no sentido físico da coisa, ele indica responsabilidade. Quanto mais tempos temos, mais ociosos somos, mais despojados. Talvez seja só uma forma de ver o tempo que me fizeram acostumar a ver, coisas destes nossos processos educacionais, todos baseados em cronologia.
Tudo se conta por tempo; dinheiro, sentimento, comportamento. Viver no tempo é difícil, difícil mesmo até falar sobre ele, pois existem várias formas de vê-lo, de tê-lo. São tempos lineares, espirais, curvilíneos entre outros. Por mais que tentamos dar uma forma, um padrão, os tempos mudam e com ele as certezas sobre ele mesmo. Afinal, em que tempos estamos? É tentar formar um amorfo. Somo prisioneiros do tempo que tentam aprisionar o nosso carrasco, mas carrasco este que se bem tratado for, bem olhado também pode se tornar anjo, salvação. As coisas podem até tardar, mas com o tempo tudo se ajeita, final, se não se ajeitar, pelo menos por enquanto, ainda não temos como voltar. Mas uma coisa é certa, algumas decisões não têm volta no tempo, mas têm sempre a possibilidade de a gente parar, criar um espaço para nós e recomeçar de uma forma melhor. Daí, novos tempos virão. É só querer.

            Tema pedido por um grande Amigo,  Jeferson Crisostomo. Confesso que foi um dos assuntos mais difíceis de escrever desde que comecei com o blog, mas gosto assim. Abraços, amigo!

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