Hoje não teve como, tive que parar e pensar na morte, isto mesmo. A danada que é certa pra todo mundo, afinal, ninguém vai ficar pra semente, nem Matusalém ficou. Dia peculiar, quando você trabalha, recebe notícias de bons amigos que encontraram caminhos em suas vidas, de outros que buscam estes caminhos com força e notícias daqueles que se foram. Hoje morreram o tio de um amigo, o avô de uma amiga e o que mais me fez pensar, a morte do meu vizinho, que tinha mais ou menos a minha idade, noivo, cheio de planos e que se foi em um acidente de moto, sozinho, do nada, no meio da manhã. Não teve como não deixar de notar a morte neste dia e sobre ela que falo em seguida.

A pouco tempo atrás falei sobre as certezas, aí está uma, para provar que nada é unânime, assim como nada é eterno. Pelo menos não neste mundo. Sei lá, cada um fala um pouco sobre a morte, cada crença. Já li carta psicografada, livro de gente que teria ido ao inferno e contado espiritualmente como era lá e outras coisas aí... Existem muitas coisas sobre a morte. Céu, inferno, purgatório, limbo e vai saber mais o quê. Como nunca morri e voltei, não sei como é e, espero demorar um bom tempo ainda para saber.
Quando se fala em morte o que deve ser lembrado é a vida, lamentar faz parte, é um choque do momento - mais uma questão de perda. Mas é um fim como todos os outros, como tudo que acaba. O que resta é lembrar-se de tudo de bom que a vida foi, lembrar dos erros e acertos para que uma vida possa ser útil à outra. A gente tem que procurar VIVER, maiúsculamente falando, ser notado sim, não ter uma vida sem graça, sem emoção. Afinal é a única oportunidade que temos e se, ainda assim, tivermos outras vidas provavelmente não iremos lembrar mesmo. Eu não me lembro de nenhuma vida passada, se é que existe. Não sei! Quem sabe – particularmente não acredito, mas vai saber. A morte é algo tão forte que faz a gente até mesmo esquecer alguns orgulhos e ressentimentos - como fiz hoje - e ver o outro como nós mesmos, como gente que erra como nós, que deseja, que ama, que quer como nós. Somos todos carne e pó, nada mais que matéria orgânica que um dia irá se desfazer e se refazer em algo, contribuindo com a vida, mais uma vez... Nisto somos todos iguais. Por tanto, caro leitor, se hoje você tem medo de dizer: perdão, eu te amo, ou simplesmente responder um olhar, deixe as barreiras de lado as vezes, porque amanhã... Então viva. Só isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário