Me encontro um pouco cansado ultimamente, com uma certa dificuldade em organizar as ideias aqui. Mas aí vai mais uma.
Todo ser humano precisa de um outro para ser feliz, isso é fato. Solidão não tráz felicidade.É uma grave doença e que, a cada dia, se torna cada vez mais comum. Esta doença vem da entrega, da falta ou do excesso do outro. Mas como assim, entrega?
Não tem como deixar de observar, no dia-a-dia, na minha vida e na vida de pessoas que conheço o acontecimento de certos fenômenos, alguns, aliás, que criam até mesmo padrões, como é o caso de se entregar. As vezes na correria a gente observa, mas por uma questão de distância guarda o que vê, então espero que este post possa servir como um toque para algumas pessoas repensarem alguns caminhos, alguns aspectos pessoais. Mas nada para alguém em particular.
Muito comum ver pessoas procurando por pessoas, desesperadamente. Logo a gente acaba se apegando por qualquer um, sem conhecer a história da pessoa, as vontades, as manias, os defeitos... Daí nos entregamos. Esquecemos de nós mesmos para nos doar à alguém. Isso é medo. Medo de si próprio. Medo de quem, por mais forte que possa parecer, ainda não acredita nas próprias capacidades de suas escolhas de vida e, seguindo os caminhos de outra pessoa tudo parece mais fácil. O outro vira modelo, referência e o pior é que não vira por acaso, você mesmo deixou virar. E quando se percebe que o outro não completam ais e ,em uma situação assim nunca vai completar mesmo, o desespero toma conta. Amores rápidos, vão rápidos também
Na busca da entrega, nos esquecemos de deixar ser buscados também. Por volta e meia a pessoa se vê na luxúria, o sofrimento da solidão é até contraditório, pois, a pessoa esta com tanta gente e, ao mesmo tempo, não tem ninguém. Você não precisa disso. O sexo vira mais que casual em um caso assim, se torna banal, fútil. Sexo é bom, mas com sentimento é melhor ainda. E xistem várias formas de sentimento. Melhorando a questão aqui, sexo quando você está bem com você mesmo aí sim, é melhor ainda.
Essa perda acontece porque usamos o substantivo errado para encontrar alguém. Não devemos nos entregar, devemos compartilhar. Saber abrir mão e cobrar, saber conviver com os erros e defeitos por que ninguém vai ser perfeito. Pessoas “perfeitas” são um saco, só são perfeitas por fora. Mas para se compartilhar é preciso se conhecer, se respeitar, se amar, dar o seu tempo, saber esperar, batalhar conosco mesmo e daí a gente pára, pensa e vê que, para quê tanta pressa? Nessa correria toda acabamos esquecendo de nós, de conhecer o melhor e o pior de nós mesmos. Esquecemos de viver para a gente. Pior ainda é quando se vê casais que já estão juntos fazem mêses, aanos e a relação só é sustentada por uma das partes, só existe porque o outro tem tanto medo de si próprio que não consegue imaginar como seria viver apenas consigo por uns instantes. Isso é um desespero. Não há nada pior do que olhar no olho de alguém e ver o medo dele mesmo parecer. É constrangedor.
Amigos, só é possível a gente começar a mudar isso quando vermos eque xiste algo bom em nós. Isso se chama auto-estima. A gente só procura desesperadamente no outro o que não reconhecemos que falta em nós. Quando se reconhece é mais fácil de trabalhar. Aí faço algumas perguntas: Porque esse medo tão grande da liberdade? Por que não tentar viver? Por que ter tanto medo de você a ponto de escolher um desconhecido para dar sentido a sua vida? É bom se guiar por um tempo, para um dia encontrar um co-piloto, e não um piloto automático.
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